1871 - Av. General Osório
(Marquês do Herval)
(Rua Nova))
Arquivo: Acervo Fotográfico Humberto Nóbrega
Esta é a segunda rua aberta na cidade. Com o nome de Rua Nova foi palco dos grandes acontecimentos locais durante o Brasil colônia e império.
A foto, tomada do cruzamento com o antigo Beco da Misericórdia, mostra a Igreja do Mosteiro de São Bento e, ao fundo, a Igreja Matriz de Nossa Senhora das Neves.
Até onde pude pesquisar, esta é a foto mais antiga que se tem da cidade.
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1877 - Rua das Trincheiras
Ver em 2008
Em tempos remotos era conhecida apenas como o caminho para a cidade do Recife. Em 1710, durante a Guerra dos Mascates, o governador João da Maia Gama ficou ao lado dos imperialistas e mandou tropas contra a cidade de Olinda. Temendo, depois, uma represália mandou construir trincheiras nesse caminho, nas imediações de onde fica, hoje, a igreja de N.S. de Lourdes.
O sobrado da foto pertencia ao Barão do Abiaí, último presidente da Província da Paraíba no período imperial. Nesse local está edificada, hoje, a Delegacia do Ministério do Trabalho, em frente ao Pavilhão do Chá. |
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1881 - Rua Peregrino de Carvalho
(Beco da Misericórdia)
Arquivo: Museu Walfredo Rodriguez
Ver em 1940
Ver em 2010
O beco iniciava na Rua General Osório (antiga rua Nova) terminando na
Igreja da Misericórdia, vista ao fundo.
O segundo sobrado à direita era a residência dos pais do jovem José Peregrino de Carvalho, herói e mártir da Revolução de 1817.
A foto de 1940 mostra reformas feitas na igreja, onde acrescentaram-lhe mais duas portas ladeando a entrada principal.
A foto de 2010 mostra que, após 1940, restauraram a frente da igreja deixando-a com o visual do século XVII. |
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1898 - Rua Duque de Caxias
(Rua Direita)
Ver em 2010
Trecho entre a Praça Rio Branco e o Convento de Santo Antônio. No século XVIII o prédio à esquerda abrigava a Companhia Geral de Comércio Pernambuco e Paraíba. Idealizada pelo Marquês de Pombal, a companhia prejudicou sensivelmente o desenvolvimento da cidade por meio século. |
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1902 - Rua da Areia
(Rua Barão da Passagem)
Ver em 2008
Até o início do século XX a cidade tinha poucas ruas calçadas. O declive acentuado do local recebia muita água das chuvas que acumulavam muita areia no final da rua. |
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1903 - Rua Maciel Pinheiro
(Rua do Comércio)
(Rua das Convertidas)
Ver em 2009
Até os anos 1950 essa rua foi o símbolo do comércio local. No século XIX e início do século XX os comerciantes mais abastados costumavam construir sobrados para manter o negócio no térreo e residir no pavimento superior.
No século XVIII existiu, ali, um abrigo para "mulheres de vida fácil", as quais, se autorizado o acesso, eram ajudadas a ter uma vida normal através de penitências e muitas orações. O abrigo era mantido pela diocese.
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1904 - Praça Pedro Américo
(Largo do Quartel)
(Campo do Diogo)
Ver em 2008
À esquerda o antigo Quartel do Exército, hoje abriga o Comando do 1º Batalhão de Polícia Militar.
À direita, parte do prédio do Teatro Santa Roza.
As árvores plantadas são oitizeiros. Continuam lá, fortes e imponentes. |
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1904 - Rua Duque de Caxias
(Rua Direita)
Arquivo: Museu Walfredo Rodriguez
Foto tomada da esquina da Igreja da Misericórdia em direção ao Convento dos Franciscanos. |
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1908 - Praça 1817
(Pátio das Mercês)
Arquivo: Museu Walfredo Rodriguez
Ver em 2008
Igreja das Mercês (fundos para a Praça João Pessoa) que foi demolida para a construção do passeio em dois níveis. O casario à esquerda corresponde ao local dos atuais prédios do Banco Santander, do Shopping Cidade e do Banco do Brasil.
À esquerda o "acendedor de lampiões", encarregado de acender, apagar e consertar os lampiões no centro da cidade. À direita pode-se ver um bonde com tração animal saindo do Beco do Barão, onde atualmente existe a Galeria Augusto dos Anjos. |
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1912 - Praça Barão do Rio Branco
(Largo do Erário)
(Largo do Intendência)
(Largo do Pelourinho)
Arquivo: Acervo Fotográfico Humberto Nóbrega
Ver em 1924
Ver em 2009
A foto registra os ares de modernidade da cidade, através da rede de energia elétrica inaugurada naquele ano.
O prédio ao centro foi construído na segunda metade do século XVIII para abrigar a Casa dos Contos ou Tesouraria da Fazenda Imperial. Foi, depois, Séde do Governo da Província e Agência Central dos Correios a partir de 1869. Sofreu reformas que lhe acresceram mais um pavimento. Atualmente ali funciona o Núcleo de Pesquisas em Arte Popular da UFPB.
Em 1924, em função da moderna política de urbanização e higienização aplicada às capitais, o local já toma a forma de praça com bancos e jardins.
Do casario na ala direita remanesce a casa com quatro janelões e porta em arco.
Todo o conjunto da praça é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN.
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1919 - Rua Duque de Caxias
(Rua Direita), no trecho inicial que vai do Largo do São Francisco até a Igreja da Misericórdia.
(Rua da Baixa) no trecho entre a Igreja da Misericórdia e a Av. Guedes Pereira (antiga Ladeira do Rosário) por causa do declive no nível da rua (foto).
(Rua São Gonçalo) entre a Av. Guedes Pereira e a Faculdade de Direito (antigo Colégio dos Jesuítas).
Arquivo: Museu Walfredo Rodriguez
Ver em 2009
No centro a Igreja do Rosário que foi demolida para a construção da Praça Vidal de Negreiros (Ponto de Cem Réis).
O segundo prédio, a partir da direita, foi séde do jornal "Correio da Manhã" que daria lugar ao Paraíba Palace Hotel. Ao fundo, o campanário da Igreja da Misericórdia. |
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1920 - Rua General Osório
(Marquês do Herval)
(Rua Nova)
A antiga Rua Nova (segunda rua da cidade) nasceu como ligação entre a Capela de Nossa Senhora das Neves (futura catedral) Mosteiro de São Bento e Igreja da Misericórdia.
O pavilhão central e o passeio da secular festa da padroeira, exceto por alguns poucos anos, são montados regularmente entre seus calçadões.
O primeiro prédio à direita foi construído em 1875 e abriga, hoje, a Biblioteca Pública Estadual. |
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1924 - Linha Férrea Cruz do Peixe-Tambaú
Arquivo: Foto Voltaire
Vista aérea em 2001
Ver o local em 2010
Trabalhos de alargamento da estrada que viria a ser a futura Avenida Epitácio Pessoa, unindo o centro da cidade à orla marítima.
O caminho já existia desde 1907, para instalação da linha de trem que partia de Cruz do Peixe (imediações do atual Hospital Santa Isabel) até a praia de Tambaú. |
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1925 - Prédio dos Correios e Telégrafos
Ver em 2010
O prédio, concluído em 1925, abriga, hoje, o Paço Municipal. Fica na
esquina das avenidas Guedes Pereira e Beaurepaire Rohan, ladeando a
Praça Pedro Américo. |
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1928 - Rua Maciel Pinheiro
Arquivo: extraído de vídeo da Prefeitura Municipal de João Pessoa
Ver em 2010
Os sobrados ao fundo, na Rua da Areia (antiga Barão da Passagem), foram demolidos para a construção da Praça Antenor Navarro. A foto foi tomada da calçada da Associação Comercial.
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1930 - Praça Álvaro Machado
Arquivo: álbum de família de Drayton Correa
Ver em 2010
A praça fica em frente ao antigo Porto do Capim, desativado após a construção do porto de Cabedelo.
Esse era o ponto de partida e chegada das "sopas", denominação local dos ônibus que faziam a rota para o interior do estado. |
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1931 - Casa da Pólvora e dos Armamentos
Ver em 2008
Ver panorâmica em 2009
Por autorização do Rei Pedro II de Portugal, foi iniciada em 1704 e concluída em 1707. A Casa da Pólvora e dos Armamentos é o único prédio conhecido nas Américas construído para esse fim fora de um forte. O prédio é tombado pelo IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Situada na Ladeira do São Francisco (primeira artéria da povoação) a meio caminho da ligação entre o Varadouro e a parte alta da cidade, nota-se que, pela localização, servia como observatório de toda a faixa entre o Porto do Capim e a Fortaleza de Santa Catarina.
No local funciona o Museu Fotográfico Walfredo Rodriguez, onde o visitante além de voltar no tempo delicia-se com a bela paisagem oferecida.
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1933 - Praça Aristides Lobo
Ver em 2008
À direita o Grupo Escolar Tomaz Mindello.
Ao fundo o prédio onde, nos anos 1960/1970, funcionavam a Assembléia Estadual, Secretaria de Agricultura e Loteria do Estado da Paraíba. Hoje abriga o Comando Geral da Polícia Militar. |
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1939 - Paraíba Palace Hotel
Ver em 2006
Edificado na década de 1920, o hotel ajudou a consolidar as mudanças
pretendidas pelos governantes no sentido de modernizar o visual da cidade. Teve seu apogeu no período de 1950/70 com artistas e políticos que ali se hospedaram, tornando-o o ponto mais "chic" da cidade.
O prédio tem vista privilegiada de todo o espaço aberto da Praça Vidal de Negreiros (Ponto de Cem Réis), também inaugurada naquela década.
A partir dos anos 1970 a tendência do empresariado carreou a oferta de leitos para a orla marítima, resultando no declínio progressivo da sua
clientela. Atualmente funciona com alguns setores de apoio do governo estadual.
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1942 - Praça Vidal de Negreiros (Ponto de Cem Réis)
Arquivo: Foto Stuckert
A praça foi construída em 1924 pelo prefeito Walfredo Guedes Pereira, contando com um grande relógio central e um pavilhão, servindo como ponto final de bondes e praça central de táxis.
O uso da expressão "Ponto de Cem Réis" antecede a inauguração da praça. Antes existia no local a Igreja do Rosário que era o ponto final das três linhas de bondes da cidade. Os cobradores, ao se aproximarem do local, gritavam "olha o ponto dos cem réis!" lembrando aos usuários para ter em mãos a moedinha de cem réis que era o preço da passagem. A expressão caiu no gosto do povo e o hábito se mantém. Poucos habitantes sabem o verdadeiro nome da praça. |
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1943 - Largo da Praça Antenor Navarro
Arquivo: Foto Stuckert
Ver em 2008
O Largo é formado pela convergência das ruas da Areia, Cândido Pessoa e Maciel Pinheiro, em frente à Praça Antenor Navarro.
O casario à direita forma um quarteirão tringular, conhecido como "ferro-de-engomar". Os prédios não sofreram reformas e abrigam lojas de material elétrico, tintas e ferragens. |
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1944 - Av. Guedes Pereira
(Ladeira do Rosário)
(Caminho das Cacimbas)
Arquivo: extraído de vídeo da Prefeitura Municipal de João Pessoa
A antiga Ladeira do Rosário iniciava em frente à Igreja do Rosário (demolida) e era o caminho mais curto para as cacimbas que abasteciam d'água boa parte da cidade. As cacimbas existiam na região onde atualmente fica a Rua Padre Azevedo, ao lado do Quartel do 1º BPM, extendendo-se até o Terminal Rodoviário de Passageiros.
Ao fundo o prédio que abriga, hoje, o Comando da Polícia Militar. |
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1946 - Av. Guedes Pereira
Arquivo: álbum de família de Drayton Correa
Ver em 2010
A avenida nasce na Praça Pedro Américo e se estende até a Rua Duque de Caxias, na esquina do Ponto de Cem Réis. À esquerda, o antigo prédio da Assembléia Legislativa, que atualmente abriga o Comando Geral da Polícia Militar da Paraíba. |
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1953 - Praça Vidal de Negreiros (Ponto de Cem Réis)
Desde sua inauguração o local é conhecido como "a boca mais quente da cidade". O lugar onde se resolve todos os problemas do mundo. Conforme o jornalista Djacy Andrade "aqui é a escola da malandragem pessoense, habitat do galanteador de esquina, repouso do guerreiro aposentado, universidade da política paraibana".
A foto acima mostra a praça que, reformada em 1951 na gestão do prefeito Oswaldo Pessoa, perdeu o relógio central e ganhou dois pavilhões para acomodar lanchonete, café expresso, banca de revistas e boxes de engraxates. |
Um comentário:
Nasci em João Pessoa e adoro minha cidade, conheço o acervo do museu fotográfico Walfredo Rodrigues no qual tem muitas fotos da antiga João Pessoa, quando possível coloque mais fotos conte comigo que divulgarei.
Fraterno Abraço
Vivaldo AC Jr.
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