By RUSSELL P. SHEDD
Liderança faz a diferença, por sinal uma grande diferença, pois ela oferece direção, molda o caráter e cria oportunidades. Os efeitos da liderança começam no nascimento, mas não deixam de existir com a morte. Os pais nutrem uma pequena vida em direção a um destino, embutindo valores, alvos e objetivos. Mesmo ainda jovem em maturidade, uma forma especial de potencial é despertada em alguns. Juntamente com os genes, paternos e maternos, e a formação vêm as escolhas de Deus: alguns homens e mulheres são destinados a liderar e influenciar outros. Aqueles que Deus separa para liderar desfrutam tanto os privilégios quanto as responsabilidades. Suas influências, extensivas e efetivas, sobre outras pessoas os distinguem dos seguidores. A liderança de alta qualidade será encontrada entre os mais valiosos tesouros que qualquer comunidade ou organização possui. A liderança de baixa qualidade, ao contrário, produz um desperdício trágico e uma frustração caótica. Líderes de Deus estão sempre em falta.
Muitas pessoas mantêm a opinião que líderes nascem com um talento especial para a direção de outros. Eles são presentes de Deus para a sua igreja. Outra opinião é mantida de que líderes são feitos e moldados pela educação, experiência e circunstâncias. As oportunidades favoráveis que surgem em alguns ambientes e situações formam a prova máxima, na qual líderes adquirem seus incentivos e oportunidades. A melhor explicação une elementos das duas teorias. Deus escolhe e molda o caráter dos homens e das mulheres que ele quer para liderar seu povo, tanto pelo nascimento como pela oportunidade.
Algumas pessoas têm um talento administrativo. Naturalmente, elas almejam a liderança. A influência e o controle lhes dão uma sensação de importância. Já que cada pessoa tem uma necessidade natural de se sentir valorizada e querida, os líderes tendem a ser invejados. Contudo, seguidores devem saber que alguns líderes talentosos são uma ameaça. O caráter do líder e a qualidade de sua liderança fazem uma grande diferença no progresso e bem-estar de um grupo.
Não há discussão quanto a importância da liderança. Basta apenas pensarmos em uma sala de aula sem um professor ou professora. Através da história, Deus tem escolhido líderes que ele tem usado para dirigir e preservar seu povo. Uma comunidade sem liderança é como um corpo sem uma cabeça, ou um barco sem um leme. No momento em que a falta de liderança surge, uma organização tende a seguir alguém, ou então, se dispersar. Jesus lamentou a falta de propósito da vida de seus contemporâneos. Ele os comparou as ovelhas que não têm pastor (Mt 9.36). A tendência de um grupo sem um diretor é questionar a sua existência. Como uma flor fora do tempo, sua tendência natural é murchar e desaparecer. Onde estavam o homem ou a mulher que Deus poderia ter usado para liderar seu povo?
Dr. Anthony d'Souza, sócio-diretor da Xavier Institute of Management em Bombain na Índia, definiu liderança como: "a habilidade de controlar, gerenciar e alcançar determinados alvos por meio de pessoas". Não existe nenhuma menção de valores éticos nessa definição. Adolph Hitler levantou-se do grau de soldados comuns, e "pintor de casas", para tornar-se um dos mais poderosos homens da história. Em apenas seis anos o Fuehrer reanimou o potencial alemão, unindo seu povo e colocando expectativas tão eficientes que a "máquina-de-guerra” alemã conquistou muito da Europa e ameaçou o mundo. Nenhum cristão poderia imitar seu estilo perverso de liderança, nem seus objetivos pecaminosos. Pelo contrário, quando um líder toma as rédeas de uma nação inteira, e a direciona para fins justos, ele abençoa qualquer povo. A liderança poderosa precisa, então, procurar o benefício de todas as pessoas sobre as quais ela mantém influência. Esta é a forma pela qual homens de Deus são usados por ele e o glorificam.
John Haggai vê liderança como: "A disciplina de deliberadamente exercer influência dentro de um grupo para levá-lo a alvos de benefício permanente, que satisfaz as necessidades do grupo. Esse pensamento se encaixa bem com a perspectiva de Jesus e dos autores do Novo Testamento. O Reino precisa ser procurado e seus alvos seguidos. Aqueles que assumem a liderança abençoam e agradam seu Senhor.
Liderança cristã, mais do que outra qualquer, precisa escolher objetivos que são coerentes com a vontade e lei de Deus. A liderança positiva precisa ser exercida por um homem ou uma mulher que conheça a Deus e inclua os alvos dele. As prioridades do líder precisam ser prioridades bíblicas. Suas qualidades precisam ser aquelas que lhe dêem o nome de amigo de Deus (]o 15.15) e de cooperador com ele (lCo 3.9). Como Paulo, sua ambição única será agradar a Deus (2Co 5.9). O apóstolo sabia que tinha sido escolhido por Deus para liderar outros, mesmo antes de seu nascimento (Gl.1.15). Deus lhe deu a responsabilidade de influenciar permanentemente outras pessoas para a glória dele.
Extraido do Livro "O líder que Deus usa" de RUSSELL P. SHEDD
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