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quinta-feira, 31 de março de 2011

Empreendedorismo é para todos

Primeiramente, gostaria de dizer que eu me sinto honrado em participar desta coluna e de atestar a importância da discussão deste tema na atualidade. Sou empreendedor por opção desde 1999 e consultor empresarial por formação.  Não me sinto um privilegiado e nem tão pouco um iluminado por esta minha condição.
Então, vamos a uma primeira questão: Todo mundo pode ser um empreendedor? Em minha opinião a resposta é SIM. Porém, com algumas ressalvas. Todo mundo pode ser empreendedor, desde que esta intenção seja realmente verdadeira e que esta pessoa tenha preparo técnico para isso também. Nestes últimos anos, vejo um número crescente de empreendedores em fase inicial na nossa cidade e região.
Muitas idéias estão sendo tiradas do papel. Muitas ainda não sobrevivem após alguns anos. Porque existe um número crescente de abertura de negócios e, também, uma taxa alta de fechamento de negócios? Eis nossa segunda questão. Creio que esta tem a reposta nas duas análises acima. Ou seja, muitos vão na onda do empreendedorismo, mas sequer estão preparados para isso, tanto psicologicamente quanto tecnicamente.
Raros são os empreendedores que persistem, buscam alternativas de superar os obstáculos (que de início não são poucos) ou criam oportunidades de negócios para suas idéias. Esta ausência comportamental pode ser somada a ausência de preparo profissional. Raros, também, procuram entender quais são os meandros de uma boa gestão empresarial. Um negócio, seja qual for, requer planejamento, controle e medição em várias de suas áreas, como financeira, mercadológica, pessoal e de processos internos. Utilizando-se de uma metáfora (como o nosso Presidente faz),  não estar preparado tecnicamente para empreender é a mesma coisa de achar que, só por ter uma carteira de motorista, iremos pilotar um carro de fórmula 1 com maestria e perícia.
Em contrapartida uma pessoa se torna empreendedora não por ser um gênio ou uma pessoa iluminada em todos os sentidos. Ser empreendedor é um estado de espírito associada a uma boa formação. É passar meses, anos trabalhando e suando a camisa. É se comprometer para realização de ações em busca de seus sonhos ou objetivos. É ser inteligente para aprender que erros fazem parte da caminhada e são processos de aprendizagem. É ser sábio, portanto, de reconhecer que a vida (de um modo geral) está em constante mutação e que a melhor alternativa para ser um empreendedor feliz e realizado não é fugir de obstáculos e sim enfrentar cada um.
Por tudo isso, estou mais que convencido que não sou uma pessoa especial. Apenas resolvi em certa época de minha vida, querer mais que outros. Acreditar mais que outros. E realizar mais que outros. Só assim me tornei, de fato, um empreendedor. De início tive que valorizar mais meu ser do que meu saber.  Com o tempo meu saber foi aprimorado e lapidado. Hoje não sei se sou um empreendedor de sucesso aos olhos do mercado. Porém, a cada dia atinjo etapas de meus objetivos que foram traçados há  5 ou 7 anos. Para mim, este poder de realização pode ser traduzido como sucesso. Meu próximo passo é ter a sabedoria de replicar estas conquistas a um número maior de pessoas. Gosto de novos desafios e de pessoas abertas ao novo. Por fim, façam uma reflexão sobre esta última questão: Você se considera capaz de atingir seus objetivos? Para aqueles que ainda têm dúvidas vale aqui uma dica. Sempre quando acordo de manhã falo a mim mesmo: Eu quero, eu posso e eu consigo. E não é que funciona!
Nos próximos artigos irei levantar algumas questões referentes ao processo empreendedor através de análises mais aprofundadas. No mais, sejam bem-vindos a minha coluna e boa sorte a todos!
Fonte: Empreender com Sucesso

Como Medir Um Bonsai

Por Sergivaldo Costa


É sabido que o bonsai também possui uma classificação segundo o tamanho (altura) e, por conseguinte, é importante sabermos como medi-los corretamente, especialmente se tivermos a pretensão de participar de algum concurso.
A título de ilustração, transcrevo uma dessas classificações e, para não causar polêmicas, ressalvo que trata-se apenas de um modelo  seguido por algumas Escolas. Cabe às Federações e/ou Entidades representativas de cada país ou região a decisão de seguir padrões existentes ou estabelecer seus próprios padrões.
Até 2,5cm (1”) => Keshi Tsubu ( Miniatura de bonsai)
De 2,5 a 7,5 cm (1″ a 3”) => Shito Bonsai (Muito Pequeno)
De 7,5 a 15 cm (3″ a 6″) => Mame Bonsai (Mini)
De 15 a 25 cm (6″- 10″) => Shohin Bonsai (Pequeno)
De 25 a 40cm (10″ a 16″) => Kifu Bonsai (Médio)
De 40 a 60 cm (16″ a 24″) => Chu Bonsai (Meio-Grande)
De 60 a 100 cm (24″a 40″) => Dai Bonsai (Grande)
Acima de 100 cm (>40”) => Bonju (Bonsai de Jardim)
Meu objetivo neste post não é mostrar qual padrão deveremos seguir, mas simplesmente ilustrar como são efetuadas essas medidas:
Normalmente, a altura da árvore corresponde à medida entre a borda do vaso e o ápice…dimensão01
… e sua largura é a maior medida entre suas extremidades:dimensão02
Se houver folhas ou galhos abaixo da borda do vaso, mede-se a altura da árvore a partir do ponto onde estes se encontram:dimensão03
dimensão04
Jins fazem parte da árvore e, portanto, devem ser considerados:dimensão11
dimensão05
No Kengai e Han-kengai a altura equivale à distância entre o ponto mais baixo da árvore e o seu extremo superior…
dimensão06
… e a largura é a maior distância entre seus extremos laterais:dimensão07
As rochas e lajes também são consideradas partes integrantes do bonsai ou penjing:dimensão08
dimensão09
dimensão10


Auto-didata, Sergivaldo começou a cultivar bonsai em 1994 utilizando como material de estudo o pouco que havia disponível na época, revistas, fitas VHS (do Marcelo Miller) e materiais do gênero. Sua biografia pode ser lida por inteiro no seu blog aqui no Projeto Bonsai: http://sergivaldo.projetobonsai.com


Como identificar um autêntico Bonsai



A arte do bonsai nasceu na China e chegou ao Japão junto com a difusão do Zen-budismo, filosofia que valoriza a contemplação e o amor à natureza. Seus adeptos acreditam que, quanto mais energia a pessoa economiza, mais ela poderá viver. O cultivo do bonsai segue esta idéia. Mantidas pequenas, as árvores diminuem sua atividade preservando, assim, o seu esplendor
 
Mas um bonsai não deve ser reconhecido somente pelo tamanho reduzido. A naturalidade é a sua máxima característica, ou seja, ele deve ter o mesmo aspecto e proporções de uma árvore adulta. Para conseguir este resultado é preciso respeitar a sua natureza e selecionar uma espécie adequada, já que as flores e os frutos não diminuem, somente os galhos e o tronco podem ter seu tamanho reduzido por meio das sucessivas podas. Isso quer dizer que nem todas as espécies servem para fazer um bonsai. É o caso, de abacateiros e outras espécies que têm frutos graúdos.
 
Além da poda, todos os galhos devem ser amarrados. A amarração é uma técnica utilizada para dar o formato desejado à planta. De acordo com a espécie e os cuidados que ela exige, a formação de um bonsai pode levar décadas.
 
Apesar da técnica exigida, o cultivo do bonsai é um dos hobbies que mais cresce no mundo. O ser humano está precisando de contato com a natureza e consigo mesmo. O bonsai faz essas aproximações. Cultivar um bonsai significa ter dedicação. Ele precisa de ar livre e muita luz natural, uma varanda iluminada na maior parte do dia já ajuda, e rega diária. Se você pretende dominar a técnica, um curso sobre o assunto é essencial. Mas, se a intenção é apenas ter um em casa, compre a muda de um produtor experiente e procure o acompanhamento de um bonsaísta na época das podas.
 
 
Fonte: Revista Casa Claudia

quarta-feira, 30 de março de 2011

História do bonsai

arte chinesa
Bonsai é uma árvore, com poucos centímetros e marcas de crescimento lento evidenciadas em seu tronco. A palavra bonsai é japonesa e significa “árvore em uma bandeja (vaso ou bacia)” (bon = vaso e sai = árvore).



A Natureza sempre foi o caminho para o homem estreitar suas relações com o divino. Por esse motivo, as florestas eram o templo sagrado de muitas civilizações e a proteção na busca de equilíbrio. Assim, percorrer os caminhos tortuosos da floresta era comum, principalmente entre os monges chineses e os taoístas, interessados em meditar e reabastecer suas energias.
Entre os elementos naturais dignos de adoração, as árvores centenárias eram o exemplo mais marcante de longevidade e superação da ação do tempo. Mesmo expostas a condições desfavoráveis, elas renasciam, floresciam e frutificavam todo ano. Era a verdadeira vitória contra a morte. Com o passar dos anos, surgiu a idéia de levar para as cidades um pouco da “essência mágica” das florestas.
arte chinesa
As árvores, então, começaram a ser cultivadas em vasos pequenos ou bandejas, mas com a aparência de terem vivido muitos anos. Essas miniaturas eram chamadas de pun sai e cada monge budista cuidava do seu exemplar com dedicação absoluta para apresentarem uma expressão de saúde e beleza natural, mas, principalmente, para servirem de veículo à meditação.
Desenvolvida pelos chineses desde o ano 200 a.C., essa arte provavelmente foi levada ao Japão por monges. Na Era Kamakura, entre 1192 e 1333, ocorreu a primeira menção ao bonsai em terras japonesas, sinal de que os nobres já haviam descoberto esse tesouro em miniaturas de ameixeiras, cerejeiras e pinheiros plantados em vasos.
A popularidade do bonsai já era imensa na Era Edo, entre os anos de 1615 e 1867, principalmente pelas espécies floríferas e com folhagens coloridas. O período também é marcado pelo desenvolvimento das técnicas de cultivo e a criação dos estilos básicos.
Mas foi só no começo do século XX que o mundo ocidental pôde admirar a perfeição das árvores cultivadas em espaços reduzidos. As exposições destas pequenas obras de arte, criadas em conjunto pelo homem e a Natureza, davam ao mundo lições de paciência, dedicação e técnica.
O bonsai passou a ser popular nas grandes cidades carentes do contato com a Natureza. Logo, tornou-se um hobby que se espalhou por diversos países. No Brasil não é diferente. Muitas pessoas dedicam anos para dar a forma envelhecida às suas plantas, inclusive muitas nativas. Afinal, num país tropical com tantas espécies de árvores, nada mais justo do que se aventurar pelo mundo do bonsai.
—–
Referencia e fontes – Bonsai, Segredos de Cultivo (editora Europa)
OBS.: Apesar de ser responsável pela difusão do bonsai pelo mundo, nem o Japão e nem a China foram os primeiros países a utilizarem técnicas para redução de plantas. Acredita-se que os primeiros a fazer isso foram os curandeiros indianos, que necessitavam transportar plantas medicinais e por isso reduziam as plantas, mesmo sem dar a essa técnica o nome de Bonsai.


sexta-feira, 25 de março de 2011

Dicas para aproveitar as oportunidades de empreender on-line

Com a popularização da Internet o ser humano teve uma mudança comportamental perceptível, podemos destacar nesse contexto a mudança em seu modo de consumo, de tradicional (aquisição em lojas físicas ou de serviços em escritórios) para compras e/ou contratações de serviços On-line.
Os motores disso são a comodidade, facilidade, maior concorrência que permite queda nos preços, produtos regionais que podem ser encontrados na web e distribuídos por todo o território nacional e dependendo até internacionalmente, informações e indicações de produtos facilmente encontradas na Web, entre tantos outros que impulsionam o comércio virtual de serviços e produtos.
Observando do ponto de vista de um empreendedor podemos perceber grande oportunidade para uma nova carreira, um novo comércio ou uma extensão de um comércio já existente. Vamos aos números para que possamos detalhar melhor o que estamos abordando como tema.
Tratando diretamente de E-commerce os números são de impressionar, com a crescente venda de computadores e o aumento do acesso a internet esses números tendem a ter um crescimento cada vez mais expressivo.
Como referência podemos citar o CEO da Amazon que com toda sua experiência prevê o crescimento de 10% a 15% em menos de uma década no comércio americano, em valores podemos dizer algo em torno de meio trilhão de dólares anuais. Isso lá, aqui no Brasil temos esse mercado que ainda não está maduro então a tendência de crescimento percentual é maior.
Atenção à nossa realidade que é um quadro estável e muito promissor. No Brasil tivemos um crescimento considerável, algo em torno de 2.300% em uma década, chegando ao valor de R$13 bilhões (2010). Nenhum outro setor tem crescido com tamanha agressividade e estabilidade como o mercado virtual.
Levando em consideração o crescimento sustentável, a capacidade de rápida negociação e concorrência agressiva que permite um cenário favorável ao meu ponto de vista para quem quer empreender, o E-commerce é se não a melhor opção uma das melhores opções para investimento, seja para venda de produtos em varejo, atacado ou prestação de serviços.
Mas como chegar a resultados positivos nesse setor?
Um dos primeiros passos que não só no E-commerce mais em qualquer comércio é essencial – O planejamento.
Como estamos tratando de um novo cenário e com muitas variáveis torna-se necessária a consultoria ou contratação de profissionais da área para que nesse planejamento nada passe em branco, não adianta achar que o seu balconista (nada contra a função) vai dar conta de todos os pontos de um e-commerce. Vou citar alguns pontos dos quais em meus planejamentos tenho priorizado por perceber que há falhas em uma grande parte dos comércios virtuais que fecham prematuramente ou não conseguem atingir o crescimento esperado.
O primeiro ponto a se considerar é que esse planejamento não é de estratégia em Marketing e sim uma estruturação financeira, mobiliária, de ferramentas e levantamento dos parceiros para o projeto.
Vejamos:
Estruturação Financeira – Considero a prioridade em qualquer projeto de comércio a ser empreendido. Nesse processo é necessário saber a realidade do empreendedor e ser ao máximo realista, não se podem exceder as possibilidades financeiras e nem reduzir custos onde não é sensato reduzir – Um exemplo é a escolha de uma plataforma ou desenvolvedor com pouca experiência ou talento no qual não vai poder prestar consultoria e atendimento em tempo hábil, esse é um dos pontos que tenho visto uma grande falha nos projetos e que tem prejudicado diretamente o caixa das novas empresas e até mesmo de empresas que já estão lutando por um espaço virtual portanto a falta desse primeiro planejamento essencial fez com que tivessem a necessidade de uma reestruturação, ou seja, investimento e tempo perdido – Reestruturação é a resposta da questão do por que algumas empresas mudam de nome para desvincular os erros do passado, erroneamente no meu ponto de vista, perdem a oportunidade de criar uma estratégia de Marketing 3.0, o mais eficiente porém pouco usado por se tratar de algo complexo e que exige muito tempo para sua aplicação.
Estruturação imobiliária e ferramentas de trabalho – Como em todo comércio o E-commerce exige um local para a equipe trabalhar, fazer reuniões, confraternização e outros ambientes. Portanto uma das coisas que percebo é a falta de equipamento necessário para um projeto virtual, por exemplo, os Web Designer que ficarão responsáveis por um dos principais motivadores de compras – as imagens dos produtos disponíveis – necessitam de um computador com bom processamento, armazenamento e com softwares atualizados. Outra questão muito comum de que se percebe são empresas querendo ser empresas On-line sem que contratem um bom pacote de conexão, ou seja, imagina meia dúzia de computadores conectados e processando informações ao mesmo tempo com uma banda ‘estreita’ de 512kb. São esses fatores que não considerados previamente impossibilitam algumas estruturas de se tornarem eficazmente On-line. Imagina você ter a necessidade de um Update no Site para uma campanha promocional e sua conexão impossibilita que isso seja feito em pouco tempo e o pior, impossibilita que outros trabalhem ao mesmo tempo que o Update no site está sendo processado.
Outra questão de estrutura é o estoque, sem estoque próprio os novos empreendedores on-line estão perdendo espaço, pois um dos quesitos para a fidelização do cliente é o tempo de resposta do Site entre Efetuar a compra – Entrega do produto. Tenha seu estoque próprio, mesmo que pequeno, pelo menos sendo o suficiente para o seu fluxo e vá aumentando conforme a necessidade. Empresas que tem comércio físico tendem a usar estoque das lojas físicas, isso acarreta em mais atrasos e implica em concorrência entre lojas físicas e virtual, para evitar esse transtorno trate a loja virtual como uma loja física que exige um estoque próprio.
Outra questão é de fato que nem tudo é possível manter on-line, principalmente quando se trata de transferência de valores e pagamentos. Mantenha registros virtuais de todas as transações, portanto não ignore o fato de que é necessário também esses documentos impressos e arquivados para melhor acesso em caso de problemas técnicos. O calculo de riscos sempre tem que estar junto ao planejamento inicial.
Parceiros – Quando digo parceiros, estou me referindo à equipe de desenvolvedores, consultoria e marketing digital.
Os desenvolvedores serão os responsável pela estrutura do Site e sua plataforma de administração, existem aos montes como também existem opções Open-Source como a principal delas a plataforma Magento – portanto tem-se a necessidade de um profissional WEB qualificado para tratar dos problemas que ocorrem sequencialmente em um e-commerce, de ambas as formas existirão custos. Esses custos não são baixos e também para quem está se reestruturando ou começando não precisa fazer um alto investimento, lembrando que a plataforma não é exatamente o que fará o e-commerce vender, existe um pacote de necessidades que precisam estar bem estruturado para que o projeto tenha um fluxo ideal.
A equipe ou profissional de consultoria é na verdade quem vai dirigir os procedimentos e contratos a serem feitos com os parceiros, como citei acima existem inúmeros critérios na hora de escolher uma plataforma ou desenvolvedor para sua loja virtual, existe também a necessidade de uma escolha certeira para o desenvolvimento de campanhas de marketing e designer, a consultoria de um profissional com visão estratégica lhe permite acertar em pontos cruciais do projeto, é esse profissional que fica responsável pelo fluxo e andamento de todos os procedimento e-commerce.
Com a consultoria de um profissional qualificado fica fácil acertar na escolha da equipe ou empresa de Marketing Digital, portanto alguns ainda não consideram um investimento necessário para contratação de uma consultoria e deixam por sua conta e risco a escolha nessa área. Vou deixar uma indicação para que seja feita uma melhor escolha, dê preferência para agências que são especialistas no assunto e que prestam somente aquele serviço e não as ‘miscelâneas’ de serviços que apenas um escritório oferece, normalmente escritórios que prestam uma enorme gama de serviços nunca tem tempo para reuniões ou prestar atendimento ao cliente em um tempo ideal. Mas isso acarreta a necessidade de administrar vários contratos em áreas distintas o que torna-se a ter a necessidade de consultoria.
Esses profissionais em consultoria de E-commerce vão ditar as regras do jogo, são eles os responsáveis pelo sucesso ou fracasso da sua loja em ambiente on-line. Contratar uma equipe realmente profissional exige uma busca mais eficaz. Posso citar que como em todas as áreas existem os bons profissionais e os falsos profissionais, eu os classifico da seguinte forma – Talento x Teoria. Permito-me aqui o meu exemplo, hoje presto consultoria em E-commerce, principalmente para reestruturação de projetos que fracassaram, tenho interesse nessas áreas por ter me acostumado a lidar com situações de risco, fui Supervisor de Tecnologia da operadora de Telefonia TIM, Gerente de lojas físicas, Consultor de Vendas, Consultor de Merchandising, enfim tantas áreas que tratam de comércio de serviços e produtos que me permitiram ter uma visão ampla e dinâmica de um cenário de risco, assim o trabalho de reestruturação que para muitos é um risco não aceito, para mim é um prazer motivador pela busca de resultados positivos. O talento nada mais é do que a facilidade que uma pessoa possuí por si só aprendendo com as experiência, já a teoria é algo que o profissional aprende em sala de aula, livros, artigos e outros sem exatamente ter ciência se aquele procedimento condiz com os resultados esperados e fica a mercê da necessidade de experimentações acarretando riscos ou atrasos no processo, creio sim que se juntarmos teoria para uma melhor compreensão dos fatos com o talento de dinamizar e planejar ações temos o resultado esperado para qualquer comércio – Sucesso.


Autor : Luiz Castro Junior

Site do Autor | Artigos de Luiz Castro Junior
Diretor da Alpis Consultoria, empresa focada em Gerenciamento de Projetos Web e Consultoria. @luizcastrojr - @alpisweb contato@alpisconsultoria.com

Nordeste em prol da sustentabilidade

Região Nordeste


Área: 1.548.672 km²
Estados: Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão
População residente:45.448.490
População economicamente ativa: 21.170.684

A divisão do Brasil em capitanias hereditárias, feita pela Coroa portuguesa a partir de 1532, foi a primeira tentativa de colonizar o País. Das doze capitanias — doadas a membros da pequena nobreza portuguesa, a comerciantes e gente ligada às viagens marítimas do século XVI —, apenas prosperaram a de São Vicente, no litoral paulista, e a de Pernambuco, cujo donatário era Duarte Coelho.

O primeiro ciclo econômico que ocorreu no Nordeste do País se desenvolveu na capitania de Pernambuco: o da cana-de-açúcar. E deixou grande passivo ambiental, pois a monocultura dos canaviais sacrificou a Mata Atlântica do litoral e fez a Região ficar ainda mais seca.

A maioria das terras nordestinas fica no semi-árido. E, dentro do semi-árido, o ecossistema mais encontrado é a caatinga. A palavra é de origem indígena e quer dizer mata branca. A caatinga ocupa cerca de 11% do território nacional: são 910 mil km², área três vezes maior do que a da Itália.

Nesse lugar de pouca água, só vive quem se adapta. Homens, vegetais e animais criam, o tempo todo, mecanismos de sobrevivência. Na caatinga, predominam arbustos e cactos, além de pequenas árvores. Na seca, a vegetação perde as folhas para transpirar menos. As folhas desenvolvem uma camada de cera que evita a perda de água. O cacto facheiro fornece água e produz fibras que alimentam o gado e servem para fazer caibros que sustentam as casas. As folhas do umbuzeiro — que dá uma fruta ótima para refrescos — alimentam o gado, e sua raiz fornece água e uma polpa nutritiva.

As raízes da caatinga têm dificuldades de penetrar no solo rochoso e, por isso, se abrem para cobrir uma área maior e absorver mais água. Quanto às sementes, podem ficar anos no solo, aguardando a chuva para germinar. A maior proteção do solo do semi-árido é a vegetação da caatinga. Sem ela, o Nordeste brasileiro seria um deserto. Apesar da aridez, é possível explorar os recursos naturais da caatinga sem destruição.

As principais atividades do Nordeste são: agricultura (com ênfase na fruticultura irrigada), pecuária, serviços, indústrias e turismo. A extrema desigualdade social é a marca registrada em todas essas atividades. O Nordeste é a região mais pobre do País. Sua renda per capita é a mais baixa, correspondendo a menos da metade da verificada na região Sudeste.

A seca é o maior desafio para o desenvolvimento sustentável na Região. Pernambuco tem a situação mais crítica, pois consome, no seu abastecimento, mais de 20% da disponibilidade total da água que possui.

Nos últimos quinhentos anos, foram registradas 76 grandes secas no Nordeste. As frentes de trabalho abertas nas regiões mais afetadas são apenas um paliativo. Estudiosos dos problemas nordestinos afirmam que os efeitos da seca e da miséria continuarão, se não for feita uma reforma agrária. Outras soluções para mitigar os estragos das estiagens são uma gestão racional e adequada dos recursos hídricos e a ampliação das reservas estratégicas de água.

Há vários anos, existe um projeto de transposição do Rio São Francisco, que teria parte de suas águas desviada para melhorar as condições de vida no sertão nordestino. Muitos ecologistas são contrários a esse projeto, afirmando que a transposição não resolverá o problema e causará grande impacto ambiental na região banhada pelo Rio São Francisco. Os que têm essa opinião dizem que melhor seria criar projetos adequados de irrigação, sem necessidade de transpor bacias. Aliás, hoje, na Região, já existem conflitos em torno do uso da água. De um lado, estão as pequenas comunidades que sofrem com a falta desse bem natural; do outro, os grandes proprietários, que usam fartamente a irrigação em suas lavouras.

Causada pela seca, a desertificação é outro desafio à sustentabilidade. No Nordeste, ela atinge, em níveis diferentes, quase um milhão de km2. Em 1999, representantes de mais de 150 países se reuniram no Recife, numa conferência das Nações Unidas que discutiu saídas para a desertificação. Uma das recomendações: transformar a estrutura agrária das regiões desertificadas, impedindo migrações para as cidades, que se tornam pólos de desequilíbrios.

O turismo é uma das atividades que mais crescem no Nordeste. A chamada indústria sem chaminés gera empregos e atrai visitantes do Brasil e de outros países. Eles vêm em busca das belíssimas praias — e também de formações naturais típicas, como os Lençóis Maranhenses — presentes em quase todo o litoral nordestino. Mas, para haver turistas, é preciso que se tenha a natureza em bom estado. A maioria das cidades costeiras não trata seus esgotos, o que compromete a qualidade dos rios e do mar. E os manguezais — os berçários da vida marinha — estão sob ameaça por causa da expansão urbana, de complexos turísticos agressivos com relação ao meio ambiente e do despejo de poluentes e de lixo.

Por outro lado, observa-se hoje, tanto no sertão como no litoral nordestinos, uma tentativa de cuidar da nossa “casa” comum: a natureza. Para proteger os recifes de coral, as praias e os manguezais nos litorais sul de Pernambuco e norte de Alagoas, foi criada a Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais. Em Porto Seguro (BA), foi criado o primeiro parque municipal marinho do País: o Parque do Recife de Fora, regulamentando o número de visitantes e permitindo apenas a pesca não-predatória de polvo.

Uma das maiores riquezas do Nordeste é a sua cultura. Em toda a Região, é possível encontrar uma música popular rica e diversificada, que projeta artistas nacional e internacionalmente; um artesanato expressivo e variado, arquitetura e artes plásticas com soluções novas e criativas; festejos populares, como o carnaval, na Bahia, no Recife e em Olinda; as encenações religiosas de Fazenda Nova (PE); e tantas outras manifestações que atraem visitantes e resgatam valores de uma população que, apesar de enfrentar duras realidades, não perde o humor e a alegria de viver.


Projetos e Experiências

Bancos comunitários de sementes

Os bancos de sementes comunitários são uma parceria entre sindicatos de trabalhadores rurais, associações de produtores e a ONG Assessoria e Serviços a Projetos de Agricultura Alternativa (Aspta) e constituem uma tentativa de garantir a oferta de sementes para os pequenos produtores e conservar a biodiversidade na região Agreste da Paraíba.

Os bancos de sementes procuram fazer com que as famílias de pequenos produtores rurais sejam capazes de produzir e conservar suas próprias sementes ao longo de todo o ano, com uma gestão coletiva do estoque. No início dos anos 90, já existiam alguns bancos na Paraíba. Em 1995, o fórum Articulação do Semi-árido Paraibano liderou um programa de formação e consolidação de 113 bancos de sementes. As sementes foram fornecidas por um programa do Ministério da Agricultura.

A região Agreste fica entre o interior semi-árido e as plantações de cana ao longo do litoral nordestino. Nos roçados tradicionais do Agreste, a diversidade de plantas sempre foi grande, pois, quanto mais houver o que plantar, maior a segurança alimentar das famílias. Porém, a necessidade dos agricultores de se adaptar ao mercado fez com que vários tipos de feijão fossem abandonados. Os agricultores estavam plantando apenas as espécies de feijão mais valorizadas.

Para não se perder a diversidade genética, foi feito um diagnóstico dos feijões em seis comunidades representativas do Agreste. Isso permitiu o levantamento de 67 variedades de feijão de três espécies, valorizando sua conservação e distribuindo suas sementes aos sócios dos bancos comunitários.

A luta por um rio

No sul da Bahia, dez municípios se juntaram em torno da bacia do principal rio da região: o Cachoeira. Nessa parceria, estão envolvidas a população, as prefeituras e a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), que tentam recuperar uma bacia extremamente degradada e que, apesar disso, fornece água e sustento para milhares de pessoas. O Programa Bacia do Rio Cachoeira (PBRC) trabalha com qualidade da água, construção de aterros para o lixo, criação de viveiros de mudas e educação ambiental.

As cidades envolvidas são: Ilhéus, Itabuna, Itapé, Ibicaraí, Floresta Azul, Santa Cruz da Vitória, Firmino Alves, Itororó, Itaju da Colônia e Jussari.

Bacia é toda a área de influência de um rio e seus afluentes. É importante preservar toda a bacia, e não somente uma parte dela, para que as ações de conservação se integrem e sejam eficientes. O Rio Cachoeira é formado pelos rios Salgado e Colônia. Sua bacia tem 4.600 km2.

Em Itororó, uma epidemia de cólera trouxe, há alguns anos, muitos problemas. Por isso, foi construído um sistema de tratamento de esgotos. A água passa por diversas lagoas e processos químicos. Assim, ela vai clareando e retorna limpa ao rio. Após a implantação desse sistema, os responsáveis pelo hospital local verificaram que diminuiu drasticamente o número de doenças transmitidas pela água.

Em Itaju da Colônia, os pescadores se queixavam de que toda a água ia para a irrigação das grandes fazendas. E o rio não tinha mais peixes. A prefeitura implantou quatro tanques para piscicultura. Esses tanques são administrados pelos pescadores e têm um total de um hectare de lâmina d’água, com muitas carpas, tambaquis e tilápias. A previsão é produzir dez toneladas de peixe por ano. Cursos de piscicultura são dados aos moradores.

Sustentabilidade para água e esgoto

No interior do Ceará, desenvolve-se uma tentativa de dar sustentabilidade financeira para abastecimento de água e tratamento de esgoto em pequenas localidades. São 45 sistemas distribuídos em vinte cidades, numa área de 30 mil km2, no noroeste do Estado, beneficiando cerca de 45 mil pessoas.

No litoral, a atividade principal é a pesca; no sertão,a agricultura e o artesanato da carnaúba; e, na serra, perto do Piauí, a agricultura. A maioria da população é pobre e trabalha no setor informal. A mortalidade infantil é grande. Não há linhas regulares de ônibus entre as cidades nem estrada pavimentada. Quando chove muito, as comunidades ficam isoladas.

O sistema de água faz captação, tratamento, cloração, reservatório elevado e distribuição de água para as ligações hidrometradas dos usuários. O esgotamento sanitário tem rede coletora, com lagoas de estabilização (com filtro), rede coletora com fossas comunitárias (com filtros anaeróbicos) e fossas sépticas individuais.

As associações comunitárias formaram o Sistema Integrado de Saneamento Rural (Sisar), associação civil sem fins lucrativos responsável pela administração e manutenção do abastecimento de água e tratamento de esgoto. Cada comunidade tem um operador treinado, responsável pelo funcionamento diário do sistema e que faz a leitura dos hidrômetros. As contas são repassadas para as associações comunitárias que executam a cobrança. Os custos devem ser pagos com recursos arrecadados pelas tarifas.

Preservação no Litoral e no Sertão

Em Natal, fica o segundo maior parque urbano do Brasil, com 1.172 hectares: o Parque das Dunas. Abriga as últimas áreas de Mata Atlântica no Rio Grande do Norte, estado em que restam apenas 2% da Mata Atlântica original.

Cerca de 80% da cobertura vegetal se compõe de mata de duna litorânea. Nas trilhas, o visitante pode ver de perto grandes dunas de areia, vegetação de restinga e de caatinga, arbustos e árvores típicas da Mata Atlântica. São mais de 270 espécies de árvores, além de bromélias, trepadeiras e orquídeas. Ali são realizadas pesquisas científicas, educação ambiental e turismo ecológico. Em 1993, o parque foi considerado pela Unesco parte da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica e Patrimônio Natural da Humanidade.

As dunas captam a água da chuva como uma grande esponja que absorve e filtra a água. Essa água realimenta o lençol subterrâneo responsável pelo abastecimento de um quarto da população de Natal.

A caatinga é um ecossistema curioso e diferente. Ora se apresenta como uma floresta de árvores pequenas e tortuosas, ora como formação arbustiva e com escassa vegetação rasteira. Na seca, os galhos nus se projetam contra o céu, e tudo fica cinzento e árido. Mas assim que caem as primeiras chuvas do inverno nordestino (que acontece no meio do ano), a caatinga se veste de verde.

A caatinga é importante não só do ponto de vista ambiental, mas também histórico. Foi palco de lutas entre cangaceiros, soldados e coronéis. Nela, viveram figuras como Antônio Conselheiro, Padre Cícero, Lampião e Corisco. Em 1928, foi criada a Estação Ecológica do Seridó, para preservar a caatinga do Rio Grande do Norte. São 1.166 hectares de terra em Serra Negra do Norte.

As principais atividades desenvolvidas pela Estação de Seridó são: experimentos de manejo sustentado da caatinga, reintrodução de emas e cotias, jardim de ervas medicinais, criação de abelhas nativas e minhocas e produção de mudas com sementes nativas. Também são dados cursos para capacitar professores e palestras para visitantes.

Um parque vivo no litoral cearense

Criado em 1980, o Parque Adahil Barreto, em Fortaleza (CE), carinhosamente chamado pelos cearenses de Parque do Cocó, é um ponto de convivência da população com a natureza. Lá é realizado o Parque Vivo.

Fruto do convênio entre a Prefeitura de Fortaleza e a Universidade Federal do Ceará, o projeto funciona desde 1993, promovendo videodebates, oficinas de arte e educação e, principalmente, passeios nas trilhas, permitindo que crianças e jovens conheçam mais detalhadamente o ecossistema. A floresta do parque tem mangueiras, laranjeiras, palmeiras imperiais e madeiras nobres, como o pau-brasil.

Uma outra atração são os passeios de barco no Rio Cocó, que tem cerca de 45 km de extensão. Sua bacia corresponde a 2/3 da área do município de Fortaleza, e seu manguezal tem aproximadamente 375 hectares de vegetação exuberante. A fauna e a flora se desenvolvem a partir do estuário do rio, ou seja, onde a água doce encontra a água salgada do mar e forma uma região de água salobra, propícia ao surgimento de vegetais e animais.

As trilhas são feitas de maneira organizada, para não haver depredação nem acidentes. Os grupos são de, no máximo, 25 pessoas, que andam com dois guias. Os visitantes caminham na beira do Rio Cocó e no meio da floresta.

Em Prado, ecologia e cidadania

Prado fica no extremo sul da Bahia, entre os parques nacionais de Abrolhos, do Monte Pascoal e do Descobrimento. O município tem 84 km de praias e vive principalmente do turismo. Em 1996, foi criada a Associação Pradense de Proteção Ambiental (Appa), que trabalha com campanhas de sensibilização e mobilização social e ambiental, junto com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

Proprietários de hotéis e pousadas, professores, estudantes, comerciantes e biólogos se juntaram para fazer da cidade um núcleo de educação ambiental e práticas sustentáveis. Alguns exemplos: há três anos, no Dia Mundial de Limpeza de Praias, mais de trezentas pessoas catam lixo na orla marítima. No verão, a patrulha ecológica da Appa percorre as praias distribuindo folhetos e orientando o turista a recolher o lixo que ele produz. A Patrulha da Tartaruga é formada por sessenta estudantes treinados pelo Projeto Tamar e monitora a desova das tartarugas no litoral do município. Os vigilantes mirins do meio ambiente são crianças carentes que limpam praias e praças; eles têm atendimento médico e dentário e recebem uma cesta básica mensal.

Há quatro anos, Prado realiza o Fórum de Avaliação de Proteção Ambiental no Extremo Sul da Bahia, com especialistas do Estado e do País. Essa mobilização ajudou a criar na região o Parque Nacional do Descobrimento e a Reserva Extrativista do Mar e Mangue do Corumbau. A Appa luta também pela criação de uma área de proteção ambiental no município, que, junto com os parques nacionais da região, formará um corredor ecológico.



Referencia: Suplemento da Revista Senac e Educação Ambiental.